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Planejamento Hospitalar: 6 passos simples para evitar o aumento da permanência

mar. 26, 2021

Um planejamento hospitalar é essencial para que esse gestor mantenha a ordem e condições de funcionamento deste hospital. Até porque, esse bom gerenciamento influencia diretamente na imagem dessa unidade de saúde, no atendimento oferecido ao paciente e até no corpo de profissionais que compõem a unidade.


Mais do que cuidar dos pacientes e oferecer bom atendimento, um hospital precisa que a gerência tenha uma visão mais ampla do sistema, coordenando entrada e saída de pacientes, leitos hospitalares disponíveis, equipes capacitadas, custos de um modo geral e tantos outros fatores.


Outro detalhe que o hospital deve considerar é o tempo de permanência do paciente, que gera custos e desgaste, além de uma lotação desnecessária. Mas, como controlar tudo isso? Como manter a rotatividade de leitos hospitalares e ainda reduzir os custos? Essas e outras dúvidas serão esclarecidas neste artigo, então continue acompanhando e boa leitura.


  • Preocupação com a permanência hospitalar;
  • Controle organizacional;
  • Fluxo de pacientes;
  • Equipe multidisciplinar;
  • Uso a internet como aliada;
  • Risco de quedas;
  • Gestão.


#Planejamento Hospitalar - Preocupação com a permanência hospitalar

Planejamento Hospitalar - Permanência Hospitalar

A ocupação de leitos hospitalares está relacionada com taxas que incluem o total de leitos ocupados e a quantidade disponível durante um período. É através desse resultado que se determina o nível de sustentabilidade hospitalar e o gerenciamento de leitos.


O aumento da permanência hospitalar de pacientes acima do tempo é uma preocupação antiga dos serviços de saúde. Isso porque a unidade acaba servindo, não somente como um local para hospitalização, mas também tem a função de clínica, laboratório e até hospedagem. Todas essas funções afetam diretamente a redução da qualidade da assistência oferecida, além de aumentar os custos.


Manter esse usuário por um longo período no sistema de saúde ainda o expõe a outros riscos inevitáveis, como infecção hospitalar, depressão, quedas e problemas como trombose venosa profunda. Segundo estudos, a taxa de atrasos na alta hospitalar ocorre na grande maioria dos hospitais.


Apesar de, inicialmente, ter sido classificada como um fenômeno de pronto-socorro, hoje, a superlotação é considerada um problema sistêmico. Não somente por questões operacionais contribuem para essa superlotação de hospitais, mas questões internas também afetam a unidade, que colabora para esse grande volume de pacientes, diminuindo a rotatividade dos leitos.


Segundo um levantamento feito pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgado em 2016, cerca de 40% das despesas assistenciais no Brasil são decorrentes de internações. Enquanto isso, a média de permanência hospitalar é de 4,38 dias.


Destacamos alguns pontos que podem reduzir essa média de permanência:


#Controle organizacional

Ação e mudanças podem ocorrer ao longo do dia e elas devem ser bem planejadas. Por isso, é fundamental conhecer a situação do hospital para avaliar cada uma delas, visando as metas e objetivos. Mais do que pensar apenas em liberar leitos e reduzir a média de permanência, deve-se decidir por estratégias que mantenham o equilíbrio financeiro do hospital e a qualidade de atendimento do paciente.


Diante disso, os hospitais devem ter um olhar além da unidade de saúde, quando se fala em prevenir a superlotação e gerenciamento do fluxo de pacientes. É preciso considerar também a organização da unidade de saúde. Esse trabalho é feito pela gestão hospitalar, que necessita ter um olhar ampliado sobre todos os setores.



Assim, é fundamental compreender a necessidade do trabalho em equipe, bem como ter noções de entrada, processos, saída e fluxo de pacientes. Não conhecendo esses setores, pode haver uma dificuldade em proceder com esses trabalhos. Sendo assim, integrar todos os setores facilita o fluxo de informações, melhorias nos processos hospitalares, diminuição no atraso das altas, reduzindo, assim, os investimentos financeiros estruturais.


#Fluxo do paciente

Outro indicador hospitalar que pode colaborar para evitar a superlotação dos leitos e a permanência de pacientes além da média de tempo, é controlar o fluxo durante o período de internação. Isso diminui significativamente a ocupação de leitos de internação e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), inclusive no centro cirúrgico.


Mas isso depende muito dos profissionais multidisciplinares que integram esta equipe, desde os médicos e enfermeiros até os que atuam em funções administrativas. Essa equipe deve avaliar, em ação colaborativa, os dados do paciente, desde sua entrada, bem como exames, prescrições de medicamentos, entre outras etapas.

#Tempo de permanência

Os pacientes que se encontram em estágio de tratamento ou recuperação, podem ser encaminhados para um hospital-dia ou ainda receber atendimento através do sistema de cuidado em domicílio. Isso evita a internação desnecessária e abre espaço para um atendimento emergencial.


Segundo a média de permanência geral, estipulada pela ANS, essa estratificação deve seguir o porte dos hospitais.


  • Porte I (porte pequeno) de 2 a 3 dias;
  • II (médio porte), de 3 a 4 dias;
  • Porte III (grande porte), 4 a 5 dias de permanência.


#Planejamento Hospitalar - Equipe multidisciplinar para evitar o aumento da permanência

Como já adiantamos, o trabalho feito por uma equipe multidisciplinar pode melhorar o desempenho, reduzir custos e aumentar a satisfação dos profissionais e dos pacientes. Eles são essenciais, sobretudo aqueles que atuam em ambientes constantemente lotados, com grandes demandas e poucos recursos.



Ter profissionais que saibam atuar em um ambiente caótico como de um pronto-socorro, por exemplo, pode aumentar a precisão e diminuir as falhas de comunicação, inclusive os erros médicos. Mas, remanejar um paciente não envolve apenas os profissionais que os atendem, outros setores também fazem parte deste processo, e, por isso, precisam estar envolvidos.


Use a internet como aliada para evitar o aumento da permanência

A tecnologia também permite ajudar a reduzir a média de permanência hospitalar através de alguns sistemas, como o de fornecimento de resultado de exames ou prontuários e prescrições eletrônicas.

Para os exames, é possível implantar uma plataforma interna de colaboração e comunicação, no qual o médico pode acessar as informações do paciente, podendo iniciar o processo de alta com mais facilidade e agilidade.


Já para as prescrições médicas ou prontuário eletrônico do paciente, parte importante nesse processo, disponibilizaria o histórico do paciente, com dados sobre tratamentos, exames e as prescrições já realizadas anteriormente. Isso facilita o atendimento e o diagnóstico do médico corretamente.


E a tecnologia ainda pode ajudar a gestão do hospital, já que uma plataforma permite fornecer os dados que evitem o desperdício e tragam melhorias e boa experiência ao paciente. Assim, a  gestão hospitalar consegue ter acesso aos valores gastos, podendo avaliar os próximos passos a serem adotados com o paciente.


Essas informações ainda permitem:



  • redução de desperdícios do sistema de saúde;
  • modelo remuneratório baseado em valor;
  • controle da sinistralidade (número de procedimentos realizados pelo beneficiário e o valor pago pela empresa ao plano de saúde);
  • alcance da sustentabilidade econômica;
  • segurança do paciente;
  • melhor desempenho da unidade de saúde;
  • uso eficiente o leito hospitalar.


Risco de Queda

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a queda de um paciente pode causar danos e é uma ocorrência indesejável. Sendo assim, esta deve ser uma ação previsível por parte do hospital. Estudos apontam que a taxa de queda de pacientes em uma unidade de saúde de países desenvolvidos varia de 3 a 5 quedas a cada 1 mil paciente/dia.


Cerca de 30% a 50% das quedas resultam em alguma lesão, sendo que de 6% a 44% são consideradas graves, como fraturas, hematomas subdurais e traumas que podem levar ao óbito. Além disso, elas podem causar danos físico, social e psicológico ao paciente, provocando medo, restrição de mobilidade e até aumentando o tempo de internação.


A queda pode resultar no aumento da permanência desse paciente no hospital, seja em um leito clínico ou de internação, o que pode comprometer seu quadro de recuperação. Ou seja, reduzir a permanência do paciente em ambiente hospitalar também diminui as chances de queda.


Os motivos das quedas em hospitais são multifatoriais, porém, alguns dos principais estão relacionados a fatores de risco ambientais e individuais, tanto a fragilidade fisiológica e/ou patológica. Isso inclui o uso de medicações que provocam efeitos colaterais, além de dispositivos como sondas, cateteres, próteses, entre outros.

Avaliação de prevenção de riscos de queda

Para evitar as chances de queda, é necessário um planejamento hospitalar da equipe, que deve avaliar o paciente e identificar um potencial risco, bem como evitá-lo. Sendo assim, esses profissionais precisam adotar medidas preventivas, com base nas classificações adotadas pelas unidades de saúde. Essa avaliação acontece de maneira rotineira.


Um dos fatores para a prevenção da queda é identificar precocemente o risco de cair. Isso ocorre por meio de uma escala de avaliação de risco, que tem como objetivo realizar uma triagem rápida desses pacientes.

Essa avaliação do risco de quedas deve ocorrer no momento da admissão dos pacientes, independente do risco. Isso inclui um ambiente de cuidado seguro conforme previsto na legislação, como:


  • pisos antiderrapantes;
  • mobiliário e iluminação adequados;
  • corredores livres de obstáculos;
  • uso de vestuário e calçados adequados;
  • movimentação segura dos pacientes;
  • entre outros.



A equipe de profissionais deve criar estratégias de educação sobre o risco de queda e informar tanto aos pacientes como seus familiares, destacando os danos que essa queda pode ocasionar. Essas orientações devem ser fornecidas no momento da admissão do paciente e durante toda sua permanência na unidade de saúde.


Credibilidade do hospital

É importante lembrar que essas quedas em ambiente hospitalar podem trazer, além do prejuízo à saúde do paciente, riscos de imagem à unidade de saúde e seus profissionais, bem como aumento do custo assistencial. Quando um paciente cai em um hospital, isso pode refletir negativamente nesta entidade.


Por isso, proporcionar segurança ao paciente e boas práticas assistenciais evitam esses riscos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a economia financeira de um hospital pode ser bastante significativa se houver investimento na segurança dos pacientes. Até porque as quedas dos pacientes contribuem também para custos assistenciais adicionais, propicia ansiedade na equipe e descredibiliza o hospital.


Conduta preventiva para evitar o aumento da permanência

A melhor forma de evitar que as quedas ocorram é através da prevenção, e, para isso, os hospitais devem seguir os processo e instruções. Os riscos podem ser: Baixo, Moderado e Alto, sendo que, para cada um, existem orientações específicas. Podemos citar exemplos como, colocar pulseiras ou placas para sinalizar Risco de Queda, ou ainda orientar o paciente ou cuidador sobre as medidas preventivas.


Os familiares também devem ser informados sobre os riscos de queda no ambiente domiciliar, só para ilustrar: manter o ambiente sempre iluminado; não deixar móveis obstruindo o caminho; evitar uso de tapete e objetos espalhados pela residência, entre outros.



Gestão para evitar o aumento da permanência

Automação dos Indicadores Hospitalares

Para coordenar um grande hospital, é preciso que o gerente tenha um bom relacionamento com os funcionários e setores. Além disso, essa pessoa deve conhecer todos os processos para que seja capaz de tomar decisões administrativas.


Por ser um ambiente muito dinâmico, o gestor do hospital precisa de uma equipe alinhada, mas também que lhe forneça informações gerais e específicas de cada setor diariamente. Já essa equipe multidisciplinar deve ser composta por indivíduos que possam trabalhar em vários departamentos ou áreas para produzir o máximo de mudanças, além de ter conhecimento das questões de fluxo em toda a organização.


Gerenciando custos ao evitar o aumento da permanência

Diante de tudo isso, a gestão hospitalar tem um importante papel, que é buscar alternativas viáveis tanto para a unidade de saúde, mensurando custos, profissionais, tecnologia, investimentos, como para a saúde e segurança do paciente. Por isso, gerenciar leitos, bem como seus custos, melhora não somente a atenção que os pacientes recebem, também torna esta unidade de saúde competitiva.


A lucratividade e a saúde financeira são determinantes para a sobrevivência das entendidas diante de um mercado tão competitivo. Por isso, quanto maior for o giro de leito, vai ser possível atender mais pacientes, mais cirurgias serão feitas, consequentemente, mais dinheiro movimenta o caixa. Além claro, da diminuição de desperdícios, maior qualidade assistencial e satisfação dos pacientes.


A administração hospitalar também deve manter-se por dentro de todos os aspectos que se relacionam à assistência que a equipe presta, além disso, deve identificar o que estão executando e corrigir o que precisa melhorar no que se refere à estrutura do hospital.


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