Principais Indicadores Hospitalares no Planejamento Hospitalar

Os indicadores hospitalares são fundamentais em todas as instituições de saúde. Estas são as ferramentas mais pertinentes para que a gestão esteja bem informada sobre todos os trâmites do hospital.

Nesse cenário, o uso de sistemas com soluções de Business Intelligence (BI) possibilita aos gestores: monitorar bem como avaliar dados para alcançar metas, identificar avanços, proporcionar melhorias e antecipar erros.

Assim, com o monitoramento através dos Indicadores Hospitalares o gestor pode tomar decisões mais assertivas, para corrigir os pontos negativos a fim de que o negócio prospere.

Os indicadores Hospitalares conseguem analisar o desempenho do centro clínico, tendo por base sua logística, gastos, mas também o modo operacional. Com essa ferramenta, apresenta-se um reflexo real da situação da organização, incluindo métricas parciais bem como indiretas das situações com maior complicação.

Para nortear melhor você sobre o tema, abordaremos os seguintes tópicos nesse artigo:

• O que são Indicadores Hospitalares?
• O papel dos indicadores Hospitalares no planejamento estratégico
• Principais Indicadores Hospitalares
• A automação dos Indicadores Hospitalares

Portanto, acompanhe a leitura e fique por dentro!

O que são indicadores Hospitalares?

Os indicadores hospitalares são ferramentas de gestão que permitem a análise facilitada de um grande volume de dados referente às instituições de saúde.  Através deles, o gestor tem facilidade para acessar dados que antes pareciam complexos de organizar e compreender. Assim, é possível realizar o cruzamento de dados e integração com soluções em Big Data.

Quando os indicadores são apresentados em um Dashboard Online, a equipe do hospital consegue acompanhar de forma interativa, mas também em tempo real. Assim, o gestor pode acompanhar a ocupação dos leitos, utilização das salas cirúrgicas, atendimento nas portas de entrada e pacientes regulados no SUS, por exemplo.

Essa ferramenta é de suma importância para controle de processos administrativos, assistenciais bem como financeiros. Isso porque permite a criação de cenários previsíveis para o futuro, gerando uma gestão de excelência.

Os indicadores podem ser determinados de acordo com as necessidades específicas de cada instituição. Dessa forma, é oferecida mais vantagens e maior confiabilidade às informações, favorecendo a monitoração de setores, ampliação das qualidades e resolução da falha.

Após determinar os indicadores úteis para a instituição de saúde, o gestor poderá definir como serão abordados os dados. Isso pode ser definido por índice, percentual, número absoluto, taxa ou fato. Em seguida, atribui-se a um setor a responsabilidade pela apuração, cálculo e análise dos dados levantados.

O papel dos Indicadores Hospitalares no Planejamento Estratégico

O Planejamento Hospitalar é um processo contínuo e precisa de atualizações constantes que objetivem as metas da instituição de saúde.

Nesse sentido, é por meio da análise dos Indicadores Hospitalares que se tem acesso ao quadro situacional do Hospital. Dessa forma, é possível tomar decisões que façam a diferença na rotina clínica.

As decisões relevantes devem ser planejadas com cautela, além disso, dentro de prazos possíveis para alcançar os objetivos da gestão. Ainda nesse contexto, não se deve deixar de lado a lucratividade. Ou seja, com uma boa gerencia, o hospital ainda disponibilizará caixa para investir em tecnologias que automatizem processos, como softwares de saúde.

Principais Indicadores Hospitalares

Agora que você conhece a importância dos indicadores hospitalares para o seu hospital, conheça o conceito dos principais:

1. Taxa de ocupação

A taxa de ocupação apresenta o total de pacientes atendidos pela quantidade de leitos disponíveis por dia, sempre levando em conta um período pré-determinado.

Para esta conta, considera-se até os leitos de recuperação pós-anestésica, de observação, de berçário e pré-parto. Já os leitos bloqueados, por manutenção ou isolamento por doença, são excluídos.

É possível saber o tipo de leito que é mais usado, qual a faixa etária, sexo e convênio que mais gera demanda. De posse dessas informações, o gestor pode reorganizar este recurso.

Se o percentual de ocupação for pequeno, demonstra que a estrutura da instituição vai além da necessária. Entretanto, se costuma passar da capacidade total, é preciso investir em expansão.

Observe que se caso o hospital use constantemente leitos extras, a taxa de ocupação hospitalar pode ficar acima de 100%, o que é uma informação importante do ponto de vista gerencial.

A formula básica para o cálculo da taxa de ocupação é:

(NÚMERO DE PACIENTE-DIA / NÚMERO DE LEITOS-DIA) X 100

O número de  leitos-dia correspondem a leitos operacionais ou disponíveis, incluindo os leitos extras com pacientes internados acima de 24 horas, o que significa que o número de leitos-dia pode variar de uma dia para o outro de acordo com o bloqueio e desbloqueio de leito e com a utilização de leitos extras.

Ao realizar o cálculo, não se considerar leitos de observação, recuperação pós-anestésica ou pós-operatório, berço de recém-nascidos sadios, leitos de pré parto.

2. Intervalo de substituição

O intervalo de substituição corresponde ao tempo médio que o centro cirúrgico fica desocupado. Esse é o tempo de ociosidade de um leito.

Esse indicador serve para medir os custos fixos desperdiçados com o leito vazio.

A formula para fazer o cálculo do intervalo de substituição é:

(MÉDIA DE PERMANÊNCIA X TAXA DE DESOCUPAÇÃO) / TAXA DE OCUPAÇÃO HOSPITALAR 

3. Tempo médio de permanência

O indicador de tempo de permanência inclui o total de altas, transferências e óbitos. É preciso levar em conta o tipo de procedimento, já que o perfil clínico influencia diretamente no tempo de permanência.

Para calcular o tempo médio de permanência, é considera-se o total de pessoas atendidas por dia, intervalo de tempo e o número de pacientes que passaram pela instituição dentro do período estipulado.

A formula para fazer o cálculo do tempo médio de permanência é:

(NÚMERO DE PACIENTE-DIA DURANTE DETERMINADO PERÍODO / NUMERO DE PACIENTES QUE SAÍRAM NO MESMO PERÍODO)

Vale salientar que esta fórmula só deve ser usada para hospitais com internações de curta permanência. Para hospitais de longa permanência deve-se utilizar no numerador a somatória dos dias de internação de cada paciente que teve alta ou foi a óbito.

4. Giro de Leitos

O giro de leitos é a relação entre o número de pacientes saídos (altas e óbitos) durante determinado período, no hospital, e o número de leitos à disposição dos pacientes, no mesmo período.

A formula para fazer o cálculo do giro de leitos é:

(NÚMERO DE SAÍDOS EM DETERMINADO PERÍODO / NÚMERO DE LEITOS NO MESMO PERÍODO)

5. Indicadores de rentabilidade

Os indicadores de rentabilidade revelam o retorno financeiro do hospital. Eles indicam o quanto a instituição arrecadou em relação ao montante de recursos investidos.

O cálculo pode ser feito de várias maneiras, como, por exemplo, por procedimento, convênio, especialidade, médico e setor.

Para fazer a apuração geral usa-se o Return on Investiment (ROI):

ROI = (GANHO OBTIDO – INVESTIMENTO INICIAL) / INVESTIMENTO INICIAL

6. Faturamento

O indicador faturamento faz parte da gestão administrativa, e ele determina as contas a pagar e receber e percentual de glosas. Através desse indicador a instituição consegue avaliar capacidade de faturar sem perdas graves.

Para realizar o cálculo, são consideradas diversas variáveis. Considera-se os registros de procedimentos em conjunto com um padrão específico, que pode ser um procedimento, especialidade ou convênio.

Nesse quesito, é importante a centralização dos dados para que os indicadores sejam avaliados constantemente.

Além disso, todos os documentos devem estar preenchidos corretamente para que se possa fazer uma análise efetiva do quadro financeiro do empreendimento.

7. Taxa de mortalidade

A taxa de mortalidade corresponde ao número de óbitos durante a internação hospitalar. Com esse indicador são determinadas as mortes em atos cirúrgicos, mas também por diagnósticos. Assim, é possível estabelecer ações que diminuam o índice.

A formula para fazer o cálculo da taxa de mortalidade é:

(QUANTIDADE DEÓBITOS EM DETERMINADO PERÍODO / QUANTIDADE DE SAÍDAS NO MESMO PERÍODO) X 100

8. Avaliação da produtividade clínica

Os indicadores de produtividade do hospital estão disponíveis em sistemas de gestão ou em formulários, e portanto, é dever do gestor fazer a avaliação desses dados. Essa ação é necessária para agrupar os serviços por retorno financeiro, considerando procedimentos complexos, cirurgias bem como consultas especializadas.

É preciso avaliar e repensar as atividades que apresentam pouca produtividade para que o fornecimento desses serviços ofereça maior agilidade e qualidade.

Já as áreas que apresentam boa produtividades devem ser consideradas para investimento de mão de obra e novos equipamentos. Assim, é preciso considerar cenários externos, concorrentes e o engajamento da equipe.



9. Avaliação da produtividade da equipe

Os indicadores de produtividade da equipe permitem monitorar o número de colaboradores por setor, porcentagem de faltas, afastamentos temporários, rotatividade bem como folha de pagamento.



Esses dados são de extrema importância para a avaliação do clima organizacional. Conhecer bem os profissionais envolvidos no trabalho dos centros de saúde é parte fundamental da tomada de decisões.

Essas informações são de relevância para o time de Recursos Humanos, pois revelam a necessidade de contratações, remanejamento ou desligamento de funcionários.

10. KPIs

Os KPIs (Key Performance Indicator) são indicadores específicos de uma empresa, podem apontar a necessidade de melhoria de alguns aspectos ou a manutenção de outros.

Os KPIs na área de saúde podem ajudar a sua empresa a realinhar estratégias e seguir em um caminho muito mais seguro para ter o sucesso.

Para o caso dos Hospitais, os KPIs são fundamentais para verificar se os serviços estão no rumo certo, mas também serve para indicar se precisam de ajustes. Todos os esforços tem direcionamento para melhorar a experiência dos usuários, mas também para direcionar as estratégias de gestão do hospital.

Os principais KPIs são:

Satisfação do paciente

Na área da saúde a experiência do cliente é um fator de relevância para o sucesso do empreendimento. Assim, a satisfação do paciente deve ser avaliada desde o atendimento recebido até mesmo no tocante às instalações da clínica.

Para a avaliação desse KPI, por exemplo, o gestor pode oferecer um pequeno formulário ao final de cada consulta ou enviar esse questionário para o e-mail da pessoa, sempre com o consentimento prévio.

Tempo na sala de espera

O tempo na sala de espera é uma das maiores reclamações de pacientes em consultórios médicos de todo o mundo. Diante desse cenário, esse é um dos KPIs na área de saúde que sua clínica deve acompanhar.

A análise do tempo na sala de espera é fundamental, visto que o monitoramento passa uma orientação importante sobre o desempenho, a coesão, a gestão da agenda e da qualidade da equipe.

Taxa de retorno

O KPI taxa de retorno apresenta em números quantos pacientes voltaram para outras consultas, quantos as cancelaram, além disso, quantos não apareceram mais.

A análise da taxa de retorno permite que o gestor entenda melhor sobre os acertos, mas também sobre falhas no oferecimento dos serviços. Por exemplo, Valores elevados de não-comparecimento indicam que o atendimento prestado está sendo falho.

A automação dos Indicadores Hospitalares

Os avanços na tecnologia atingem diversos setores da sociedade, inclusive na gestão de hospitais.

Nesse sentido, para evitar erros de registros e perdas de informações que geram desperdícios e gastos que atingem o setor hospitalar, a automação de alguns processos é uma escolha ideal.

Essa tecnologia impacta positivamente no empreendimento como um todo, que lucra mais no final.  

Ao automatizar os seus indicadores, o gestor do hospital consegue ter a Integração de dados dos mais diversos setores, isto é, com informações menos susceptíveis a falhas. Assim, com uma base fundamentada em indicadores hospitalares automatizados, o sucesso da instituição se torna mais perto da realidade.

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